Graforréia Xilarmônica, o bom e velho Rock'n Roll

Graforréia Xilarmônica

Há muitas palavras para descrever o show de sábado passado (14/07) do Graforréia Xilarmônica no Estúdio Rock Bar em Canoas, mas não cabe a mim, mero mortal, descrever a apresentação desses caras. Sou só mais um desses aí que estão pelo mundo curtindo o que ta rolando na musica, absorvendo tudo o que aparece por ai, e selecionando as melhores safras, as melhores uvas do cacho e ficando feliz que ainda há uvas para se apreciar nesse mundo. E para mim, apesar de todos os meios de comunicações existentes, de todo esse esquema de download da internet, eu não conhecia Graforréia. Aliás, conhecia Amigo Punk das rodas de violão. Mas era só. Depois, no palco, vi que conhecia mais uma, que ouvia nas rádios pelo Pato Fu, “Eu”, foi aí que fiquei sabendo que a música era deles, e não do Pato Fu. Mas, até aquele presente momento, desculpem minha ignorância, para mim ela sempre foi a banda de uma música só. Assim como Extreme ou como Virgulóides (nossa! me puxei...). Na época que eles terminaram, em 2000, eu ainda estava engatinhando nos caminhos da musica, e há pouco tempo fui me libertar dos vícios musicais que todos se aprisionam e começar a procurar coisa nova, ou que apareceram há uns anos e desapareceram em outros. O Graforréia é um exemplo. E por isso não posso descrever em detalhes aos mais fanáticos esse show, mas uma coisa ficou claro nesse show: os caras são bons.

Banda Trem Bahla, a 2ª banda da noite, antes da Graforréia

Foi um bom show, acredito que não o melhor, mas foi um bom show mesmo assim. Ainda teve as bandas que abriram, a Loko's D'Bira, com um ótimo show, de vários solos e musicas rápidas e empolgantes e a Trem Bahla, que satisfaz num pop rock básico e embalante. Tempos depois, veio os caras, à todo o vapor. Os caras têm presença de palco muito forte e empolgante. Agitam o público pra valer. Não se comportam como se fossem estrelinhas de um mundinho quaisquer. São simples, sem muitas frescuras no palco, sobem ao palco agitam, pulam, fazem caras e bocas, tocam o repertório inteiro sem intervalos de longos e agoniantes minutos, tocam as clássicas, (como “Eu” e “Amigo Punk”) divertem o público, voltam quando todos pedem Bis, e não contente, ainda tocam pela segunda vez o seu maior sucesso, Amigo Punk. Se é o maior sucesso deles porque não tocar duas vezes?

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Fico feliz de ainda haver alguma banda que goste do simples, que goste do bom e velho rock’n roll, que se sintam feliz ali em cima do palco, que sejam naturais, que errem um solo, que façam pose para a foto, que deixem a platéia tocar seus pés, sua guitarra, seu baixo. Nada melhor para essa cena de Rock tão cheia de frescuras e não-me-toques de hoje em dia.

Frank Jorge

Mas uma coisa é certa, Graforréia é de longe, uma das melhores bandas do Rock Gaúcho da atualidade, mesmo eu vendo um show deles somente, é notória a qualidade deles. E fico feliz por ter a chance de ainda poder ver bons músicos por aí, ta, eu sei que tem vários, mas não adianta nada se todo mundo se esconder no submundo, achando que um dia vão fazer algo.

Fico feliz por não precisar pagar bagalhões de reais para ver um bom show de uma banda brasileira e gaúcha, por ver que eu não preciso ir a um show e ser pisoteado, soqueado, molhado por copo voador de algum líquido nojento, e de não precisar me espremer entre as pessoas para poder ver o braço do guitarrista ou do baixista.

A casa não lotou. Infelizmente para o bar, felizmente para mim que vi o show sentado em um dos vários lugares onde podia sentar e ver a banda tocando ali pertinho . E a propósito você já conhece o Estúdio Rock Bar? Se não, deveria, pois o ambiente é ótimo. [Sem mais delongas, vou atrás dos CDs da Graforréia (ou dos downloads deles =]]) e vou curtir um bom e velho Rock ‘n Roll que sei, ainda perdura por ai...

*Fotos tiradas do celular do Fabricio Menezes =]

ARREVOÁ

[*]TPS